VISITA DO ESCRITOR CARLOS CANHOTO

A Feira  do Livro contou, este ano, com a simpática e inesquecível visita do escritor Carlos Canhoto, um alentejano de Pavia que se lançou, com sucesso, na aventura da escrita, publicando obras para a infância como "Anuro - o sapo sapinho, o sapo sapão", "Barbatanar nas cores do arco-íris", "Pirá, a piranhita desdentada", "Serei uma platinha daninha?" e, mais recentemente, "A minha avó Felicidade".

No dia 6 de dezembro, o nosso convidado começou o dia em Vale da Pinta, realizando a sua primeira sessão, na qual apresentou as suas obras (com música e tudo!) e partilhou curiosidades a respeito das mesmas. Seguiram-se mais duas sessões, uma na Lapa (também com alunos da EB1 da Ereira) e outra em Vale da Pedra, encontros sempre animados, muito divertidos e entusiasticamente conduzidos por um escritor de sorriso fácil que deixou rendidas as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo.

Ao final da tarde, já na escola sede, o escritor Carlos Canhoto foi recebido na Biblioteca Escolar por alunos de duas turmas do 3º ciclo (7ºA e 9ºB), experiência inédita que, segundo o autor, se transformou numa das sessões mais gratificantes de sempre!

Os alunos envolvidos nesta atividade leram a "A minha avó Felicidade" e alguns poemas do autor, textos em verso recentemente divulgados no facebook, em que Carlos Canhoto revela a sua versatilidade, o talento, a sensibilidade e um especial dom para a escrita.

No final da sessão (que passou tão depressa!), muitas foram as questões que ficaram por colocar. O escritor conquistou o público jovem com os seus textos e histórias, tendo sido renovado o convite para uma próxima visita e também ficou o desafio de publicar o texto escrito pelos alunos do 7ºA a propósito da leitura da obra "A minha avó Felicidade".

Este foi, sem dúvida, um dia repleto de emoções! Receber a visita de Carlos Canhoto foi um privilégio, uma alegria para todas as crianças e jovens que participaram nos quatro encontros envolvendo oito estabelecimentos do Agrupamento de Escolas D. Sancho I.

E terminamos esta publicação com um texto poético lindíssimo escrito pelo nosso convidado:

A gaveta do escritor

       A minha gaveta de escritor é uma árvore, dessas que crescem a desejar ser céu! E por isso, no lugar das folhas tem estrelas.

      Por entre os seus ramos passam todas as nuvens, todos os ventos e o sol e a lua de todos os dias. Roubando à terra os sonhos de que se alimenta, a minha árvore é casa para muitas criaturas, amores impossíveis, viagens desejadas e outras histórias sem nexo...

      Um destes dias vou mudar de gaveta, talvez para uma gaveta-borboleta, dessas que vivem apenas a eternidade de um dia, tempo mais que suficiente para reproduzirem em si todas as cores do arco-íris, voarem pelos seus quatro cantos do mundo e despenharem-se felizes sobre um campo de malmequeres, no final de uma bela tarde de primavera.